São Paulo foi a primeira parada da Rota Sulamericana, turnê da Nike SB passando por Brasil, Argentina, Perú, México e Los Angeles.
O blog esteve na coletiva de imprensa realizada na sexta-feira na Brasil Skate Camp e no evento de sábado no Campo de Marte.
Esse é o texto originalmente publicado no www.espn.com.br/skate.
“Aproximadamente 3000 pessoas, entre convidados e fãs, puderam assistir nesse sábado, dia 4, a primeira parada da Ruta Panamericana, turnê da Nike Skateboarding passando por São Paulo, Buenos Aires, Lima, Cidade do México e Los Angeles em uma semana.
Estão nessa viagem, o gaúcho Luan de Oliveira, os norte-americanos Paul Rodriguez, Ishod Wair e Theotis Beasley, o australiano Shane O`Neill, o belga Youness Amrani e o norueguês Karsten Kleppan.
No evento realizado em um hangar do Campo de Marte, na capital paulista, o bonde contou com a participação de alguns skatistas do time brasileiro. Fabio Cristiano, Cezar Gordo, Yuri Facchini e Felipe Foguinho dividiram a sessão e a responsabilidade de incendiar a arquibancada com o público que fez fila desde os primeiros raios de sol.
A apresentação foi breve, pois no meio da tarde a Ruta Panamericana seguiu rumo à Buenos Aires, onde nesse domingo eles andarão para o público argentino.
Às 11h da manhã, uma hora após a abertura dos portões, a fila para conseguir entrar no Campo de Marte era imensa. Fãs vindos de diversas partes do Brasil chegaram cedo para garantir um lugar e assistir os ídolos andando. Os ingressos, limitados, disponibilizados algumas semanas antes, se esgotaram em poucos dias.
A apresentação estava marcada para as 13h, enquanto isso, os skatistas podiam andar de skate nos obstáculos espalhados do lado externo do hangar ou assistir skatistas amadores andando na pista da ‘demo’.
Responsabilidade de não decepcionar os fãs
Poucos minutos antes das 13h, quando os astros do show chegaram, o público ficou ensandecido. Muitos viam pela primeira vez Luan de Oliveira e Paul Rodriguez, os mais aclamados. Os nomes dos skatistas eram chamados em coro pelos fãs.
Andar de skate sob essa pressão é intimidador e o grande diferencial para ser um skatista profissional de sucesso. Todos skatistas da Nike sabem que não podem desapontar os fãs que foram até lá para vê-los.
Além da pressão da expectativa criada, há fatores como cansaço das viagens e o relógio biológico, pois os skatistas vem de outros países, onde há as diferenças de horários e o organismo humano demora alguns dias para se adaptar. Shane O`Neill, australiano residente na Califórnia, diz que já está acostumado com as viagens e descer do avião direto para a sessão.
Sobre andar de skate na frente do público, Cezar Gordo acha que é natural. “Qualquer lugar que a gente vai andar tem gente prestando atenção. Já é uma coisa que se transformou numa coisa natural. Às vezes é mais de mil pessoas, as vezes é 20, 10, qualquer skatepark tem uns 20 prestando atenção. É legal a energia da galera, trocar ideia. Todo mundo é skatista, todo mundo é igual. As vezes rolam uns eventos maiores que o pessoal dá uma atenção um pouco maior como se fosse diferente do que a gente vive normalmente, mas eu vejo como natural”, conta o gaúcho.
Yuri Facchini, skatista amador contratado nesse ano pela marca, já fez algumas apresentações anteriores, mas nada comparado ao evento desse sábado. A responsabilidade é grande e para não sentir a pressão ele diz que começa a andar de skate, se soltar e ficar tranquilo, porque “isso é mais da cabeça”.
Fabio Cristiano, um dos profissionais mais experientes do Brasil, fala que, “se você se importar com a pressão, você vai transferir pro time. Tem que estar se divertindo (na apresentação).”