A Urgh é uma marca de skate com tradição em lançar pro-models. Nos anos 80 ela criou linhas icônicas com produtos assinados por skatistas profissionais, liderados pelo fundador Jorge Kuge. E em 2014 ela segue o trabalho de investimentos em skatistas. Reconhecendo o trabalho de Ítalo Penarrubia, a Urgh fortaleceu a parceria com o desenvolvimento dos pro-models de rodas e tênis do profissional. “Acho que as pessoas deveriam valorizar mais as marcas brasileiras que estão fazendo acontecer, que pensam no skate e nos skatistas”, comenta Ítalo, que concedeu uma entrevista ao blog falando sobre as novidades, seu começo no skate e os X Games.
Sábado eu te trombei na Paulista, fazendo uma sessão na rua, no Go Skateboarding Day. Você anda direto na rua quando está no Brasil?
Ah, eu gosto de andar de skate, sair com meus amigos e me divertir, sem tempo ruim! Gosto de andar de street, bowl, vert, mega e onde for rolar sessão!
Como foi seu início no skate, em pistas ou na rua?
Comecei na rua, como a maioria, pulando guias e lombadas. Mas morava em frente uma pista de vertical em Santo André. Aí comecei a andar em vertical.
A pista da Urgh? Você morava na frente?
É, na frente, na frente mesmo.
Quem você se lembra que via andando e curtia?
Edgard Vovô, Dan Cezar, Lecio Batista, Rodrigo Rosales, Fabio Ticara, Richard Moskito, Fabinho Break. Tinha muita gente que eu lembro e gostava de ver o rolê.
Agora você é patrocinado pela marca e está lançando pro-models por ela. Como você entrou na Urgh?
Eu andava bastante na pista da Urgh, e o Ronaldo, que até hoje está na Urgh, e o Edgar Gonçalves, que hoje não está mais, sempre viam eu andando e minha evolução. As coisas foram acontecendo e hoje agradeço muito essa marca que me estruturou para chegar onde cheguei. Que é uma marca que está fazendo pelo skate e pelos skatistas. Isso que é o mais importante.
Como foi o processo de desenvolvimento do modelo de rodas e do tênis?
Dedicamos muito tempo e trabalho na produção. Pesquisei muito e testamos vários para chegar em um ótimo resultado. Pois se o tênis aguentou na megarrampa é porque deve estar bom, né (risos)? E pensei também em colocar palmilhas com memória para não afetar as costas. E estou muito feliz também com as rodas, que eu gosto de velocidade e ela proporciona bastante e o material que achei perfeito para madeira e cimento. Acho que é isso. Tô muito feliz com o resultado e espero que todo mundo goste também.
Onde eles são fabricados?
A roda está sendo fabricada na China, na mesma fábrica da Bones, entre outras. E o tênis está sendo fabricado em Franca, interior de São Paulo.
Quais as medidas dos skates que você usa para rua, transições e megarrampa?
Para rua uso shape 8.3”, rodas 53 mm e trucks 149 mm. No vertical e bowl uso shape 8.4”, rodas 58 mm e trucks 149 mm. Megarrampa o shape é 8.5”, rodas 58 mm e trucks 215 mm com amortecedores duros para não ficar mole.
Você tem uma medalha de Ouro nos X Games. Como foi a experiência esse ano, numa nova cidade, Austin?
Em 2010 ganhei medalha de ouro como amador, agora estou na luta como profissional. Em Austin fiquei em 6º lugar. Estava ventando muito e isso atrapalha muito na modalidade Mega Rampa. Mas um dia chegamos, vontade que não falta (risos).
