Quem é do Rio de Janeiro conhece essas duas figuras aí de cima: Marinho e Come Rato, os dois caras que mais tem credibilidade pra vender peças na cidade. Trabalham lá na Galeria River, e principalmente o Come, montou skates pra gerações de skatistas (nas lojas em que trabalhou). De skatistas que se profissionalizaram, aos que praticam como recreação, e até as celebridades que estampam revistas e sites desfilando com seus longboards pela orla.
Digo credibilidade, porque oferecem produtos de acordo com as necessidades. Não vão te empurrar peças caras só pra aumentar o faturamento da loja. E a consequência é a galera chegar na Galeria procurando pelos dois para manter o skate em ordem.
Mesmo com a tragédia do atropelamento do Rafael Mascarenhas e a repercussão negativa da sua morte enquanto curtia uma sessão de skate, por incrível que pareça, o Come e o Marinho me disseram que as vendas de skate dispararam nas lojas. Aliás, o Rafael era cliente deles.
Eu passei pelo Túnel Acústico, onde o rapaz foi atropelado, e aumentou minha indignação. A história de que a pista estava interditada todos sabem, mas será que os olhos do motorista também estavam fechados? Impossível não ver que tinha alguém pelo caminho. O túnel é razoavelmente bem iluminado e não tem curvas bruscas.