Converse Skateboard chega no Brasil

Essa semana rolou a apresentação oficial da entrada da Converse Skateboard no Brasil. Achei superpositiva e sincera as intenções. O mercado brasileiro precisa de marcas arrojadas, ousadas e inovadoras pra chacoalhar o cenário, e sair do ócio e mediocridade que impera há anos. Marquinhas novas e multinacionais estão sempre chegando pelas beiradas pra dar uma beliscada no nosso mercado. Aproveitam do marketing da matriz internacional e não investem na nossa cena.
A Converse do Brasil mostrou atitude em usar uma foto com o Daniel Crazy remando com cigarro na mão. Eu não fumo, odeio fumantes, mas achei o máximo o painel com essa foto. Mostrou comprometimento com o skatista, que assim quis.

Foi anunciado o time brasileiro também: os profissionais Daniel Crazy, Jay Alves e o amador Carlos Ribeiro. Só que o supervisor da divisão de skate da Converse do Brasil, Frederico Naroga, falou um lance que me deixou com a pulga atrás da orelha. Todos os skatistas tem carteira de trabalho assinada. TODOS. Inclusive o amador. Peraí, se ele tem carteira profissional assinada pelo empregador, tem um skate indiscutivelmente de alto nível, o que lhe diferencia de um skatista profissional?
Fiz essa pergunta ao Naroga e ele foi rápido no retorno:
A diferença é simples, a qualidade de profissional de skate é dada por critérios da CBSK. O fato de ter sua carteira assinada apenas significa que a CONVERSE o reconhece como trabalhador do skate, um skatistas que sobrevive da prática. A carteira é a forma contratual na qual o skatista é contratado, algumas marcas fazem contratos de uso de imagem com profissionais e amadores, o que serve de comprovante de contratação, quanto a nós preferimos algo mais serio que dê mais segurança e garantias ao skatista, a assinatura da carteira de trabalho. Isso acontece em outras prática esportivas também (embora de forma mais tímida).

Numa indústria onde a maioria das marcas “pagam” seus skatistas profissionais com cotas de materiais, tem que tirar o chapéu pra quem tá chegando no mercado investindo em ações que fomentem e agreguem. Se quiser entrar, tem que investir. Senão, fica naquele papinho de “vamos crescer juntos. vai usando o material que logo mais começa a pintar uma graninha”. Há anos venho vendo os amigos caírem nesse conto. No caso da Converse, os produtos só chegam nas lojas em março de 2009, mas eles já têm estrutura pra construir a imagem da marca no país.
O Naroga falou ainda, que a Converse estará em todos eventos de skate do Brasil e o time não está fechado. Se identificarem algum skatista que lhes interessem, tem um orçamento elástico pra essa negociação. Então, pessoal que organiza eventos, preparem um projeto e mandem bala. Skatistas desempregados, editem um promo, resultados de campeonatos não são tão relevantes pra eles. Conversem com o Naroga da Converse. O email dele é naroga@coopershoes.com.br

Pra finalizar: Dou minhas boas-vindas a Converse Skateboard do Brasil, desejo sorte aos skatistas do time e considero que o Carlos Ribeiro já é um skatista profissionalizado.

O showroom da Converse tem uma estrutura legal. Várias coleções de tênis de diversos segmentos. Mas, uma das coisas que mais me chamou atenção, foram os bonecos “Manos do Rap”, que eu só conhecia de ver à venda nos sites.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

× Qual a sua dúvida?