Uma coisa que prezo muito é ORIGINALIDADE. Criar alguma coisa autêntica no meio do skate devia ser obrigatoriedade. Mas, infelizmente, muita gente ainda copia dos gringos e até mesmo dos criativos brasileiros. Referência é uma coisa, COPIAR, é outra. E pra mim, considero isso como um tipo de pirataria. Mesma atitude que as marcas daqui fizeram na década de 80 e queimaram o filme do país no cenário internacional, tipo Bones, Sims, Vision e muitas outras. Em 89, quando os brasileiros chegaram pra correr o mundial da Alemanha, foram boicotados por causa dessa fama do Brasil. Acho que as marcas “chupadas”, como chamávamos as cópias, acabaram. Por outro lado, ultimamente tenho visto outros tipos de patentes serem copiados descaradamente. Não sei se é ingenuidade, oportunismo ou ignorância. Alguns exemplos:
Game of S.K.A.T.E., que apesar de ser um formato de brincadeira popular e antiga, foi patenteado pela éS footwear.
Lord of the lines/Senhor das Linhas, é um evento da Matix. Como o nome sugere, um campeonato de linhas.
King of New York/Barcelona/Los Angeles/Moscow/São Paulo. Criado pela DC em 2006. Depois de passar por Nova Iorque, Los Angeles, Moscou e Barcelona, mês que vem esse formato chega em São Paulo. Pelo pouco que sei, serão dois dias de sessões intensas na Praça do Morumbi e no Vale do Anhangabaú. O que andar melhor, será coroado Rei de São Paulo.
King Of The Road/KOTR. Foi criado pela revista Thrasher e é uma disputa de times, com gincanas e missões. Rende uma edição especial da revista e um DVD com o resumo das viagens dos times.
Desafio de Rua. Único evento brasileiro original que me lembrei agora que já vi versões “piratas”. Quando foi lançado, em 2000, foi totalmente inovador. O formato ficou um pouco estagnado, mas merece muito respeito.
Esse ano a adidas brasileira promoveu o Quanto você pula? Achei bem original e divertido. O campeonato de vídeos do YouTube da Qix ano passado também achei bem interessante. O Corrimãozão da Red Nose Shoes foi polêmico, principalmente pela vanguarda de não ter referências anteriores. Em Curitiba rolaram o campeonato amador usando dados, o Nike Photo Incentive e o A Base das Ruas, da Gomma. Lembro que alguns anos atrás teve o Inc Threecks da Inc 3, que era um campeonato de três manobras, com boa sacada de nome envolvendo ação com nome da marca. A Volcom fez aquele Animais na Pista, mas não tenho 100% de certeza se foi uma concepção do marketing brasileiro. Escrevendo esse post, até que me lembrei de bastante eventos legais criados por brasileiros. E, com certeza, não me lembro de outros e, infelizmente, desconheço tudo que rola Brasil afora. Mas, o tema inicial era escrever sobre o pessoal que só copia.
Não vejo mal em usar os formatos em eventos regionais. Mas os nomes devem ser respeitados. Afinal, é uma forma de exercitar a criatividade, como se fosse uma manobra nova.
Falou e disse cidao…
e viva o lado criativo da força..rsrs
se os fortes sobrevivem os criativos se imortalizam….
valeu…continua …