Felipe Motta, o meu querido amigo Mottinha, é o Millôr Fernandes da nossa geração.
Tão genial quanto o gênio, o soldado do Grajaú contagia simpatia mais que trevo de quatro folhas em jardim.
Essa graça (em todos sentidos) do Felipe Motta em reunir tantos talentos, abundando bom humor, gentileza e originalidade em seus vários projetos e plataformas como o Mottilaa, Nego Viaja, Abarréta, Mottamobi, tocando o Petit Pois Studio com a sua amada Marianna, incorporando o Cara de Cavalo e demais personagens icônicos da Pepa Filmes, é uma dádiva que ele divide conosco, fãs do seu universo.
Essa preciosa amizade começou há duas décadas atrás, quando eu já era admirador do seu trabalho com a Agacê Skateboards, principalmente por causa da série “Descontrole”. E acho que foi essa coleção que o projetou profissionalmente dentro da indústria brasileira, se consolidando com sua identidade nas principais marcas do Brasil como a própria Agacê, a Crail, ÖUS, a Rio Skatemag e agora também internacionalmente com a Uprise e Element.
Colaborar com tantas marcas grandes dentro de um nicho tão exigente como do skate não é fácil, porque cada uma segue uma linguagem diferente e é importante ter sua própria autenticidade. E é aí que entra a habilidade versátil do Felipe Motta, pincelando sua excêntrica personalidade para dar uma cara diferente e potente para cada marca, mas sempre levando sua inconfundível essência.
Eu acho que o Felipe Motta é bom em tudo que faz, mas como dizia Millôr Fernandes, “quando um cara acha tudo muito bom, ele é que não presta”.
O texto acima é o meu depoimento publicado no livro “Lagartixa Rosa – E os seres que habitam a mente de MOTTILAA”, lançado agora em outubro.
Ter recebido esse convite para escrever o depoimento foi uma honra, mas também uma baita tarefa responsa.
Escrever sobre essa pessoa, que é dos meus seres humanos favoritos, além de tudo um grande ídolo, me colocou muita pressão e fui escrevendo várias versões mesmo depois de ter passado o prazo.
Mas aí, veio aquele baque da morte do Jô Soares e resolvi mandar a última versão que tinha escrito, pra não correr o risco de escrever um depoimento numa vibe obituário.
O Mottinha me mandou o convite pro lançamento do livro, que seria no dia seguinte no Rio de Janeiro, consegui adiantar os trabalhos e resolvi ir fazer uma surpresa.
E claro, comprar o livro em primeira mão com direito a autógrafo e abraço no meu casal favorito.
Uma pena Jô Soares não estar mais aqui para entrevistá-lo. Eu tenho certeza que iria adorar conhecê-lo.
O livro Lagartixa Rosa está sendo vendido no site do estúdio deles, o Petit Pois.
Mande sugestões, dúvidas, etc, para contato@skataholic.com.br
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