O lendário skatista profissional carioca João Cabeção Maurício é mais uma das vítimas fatais do maldito Covid-19.
A notícia triste se espalhou entre os amigos e fãs nessa noite do dia 4 de maio de 2020.
João Cabeção é uma verdadeira lenda do skate brasileiro e protagonizou um dos episódios mais curiosos da história.
Em 1989 rolou uma etapa do campeonato brasileiro de Street no Ginásio do Pacaembu, em São Paulo. Cabeção chegou atrasado e não conseguiu se inscrever como amador. Mas, se quisesse participar e não perder a viagem do Rio de Janeiro, podia competir como profissional.
Adivinha o resultado: João Maurício, o Cabeção, campeão.
Essa foi a introdução para a meteórica história do skate do João Cabeção no Brasil.
No Rio de Janeiro ele já era bastante respeitado, principalmente pelas sessões na minirrampa da Urquinha, na zona sul, berço de uma geração de skatistas.
A vitória no evento lhe rendeu a capa da SKT News – que era uma das principais mídias brasileiras da época; a oportunidade de lançar um pro-model e também foi convidado para participar da Copa Itaú no ano seguinte, um evento épico na praia de Ipanema que teve Mark Gonzales entre os destaques.
Pouco tempo depois ele parou de andar e sumiu de cena.
Mas João Cabeção deixa um legado gigante para o skate brasileiro.
Antes da década de 90, quando os shapes ainda não tinham nose, ele apareceu dando blunt to fakie (na época chamava-se ollie blunt) nos quarters. Posso apostar que quem viveu essa Era sentiu o impacto de ver a manobra pela primeira vez, e provavelmente foi através dele.
E, é sempre bom lembrar: FIQUEM EM CASA!