Meu grande ídolo Jerri Rossato Lima está com um novo livro saindo da gráfica.
O Jerri é um multi-artista super talentoso que ao longo dos últimos anos se tornou um amigo muito querido.
Nessa semana ele me avisou sobre algumas novidades e colo aqui as infos sobre o projeto do novo livro dele chamado “A Confiança É Um Abraço Invisível“:
Passei os últimos seis meses sem participar das movimentações de curtir-comentar-compartilhar. Foi preciso me afastar das redes sociais para fazer o que eu sentia que tinha que ser feito. Pra poder tocar a vida em frente, de alguma forma era preciso morrer, deixar morrer, e contar uma história. Pra conseguir me recuperar, tive que escrever, e pra escrever eu desapareci.
Isso foi um grande aprendizado, por que todos estes elementos fazem parte da história dentro da história. Não apenas a história de um fotógrafo e de uma banda, mas sim a experiência de perder a confiança, desaparecer, aceitar que é preciso deixar ir, aprender alguma coisa com a morte e ter a chance de se observar como um personagem que talvez possa reaprender a confiar. Agora está feito.
Depois de todo este processo, não senti falta de emitir opiniões sobre qualquer assunto do momento ou necessidade de curtir e ver curtidas. Poderia seguir mais um pouco assim. Mas, nesta última semana, tive muita vontade de agradecer às pessoas que embarcaram imediatamente comigo nesta viagem que é a publicação do livro A Confiança É Um Abraço Invisível. Tornou-se muito claro que a primeira coisa a dizer seria: Muito obrigado.
Muito obrigado pela confiança neste novo trabalho que está prestes a ser publicado. Muito obrigado por tantas pessoas, poucas próximas e muitas tão distantes, acreditarem no livro desde os primeiros dias da pré-venda, depositando sua confiança através do simples e tão importante ato de comprar o livro. É assim que um ciclo se completa, as coisas se transformam e a confiança volta a fazer sentido.
Publicar um livro, de forma independente, em 2018, está me fazendo lembrar como foi publicar meus livros anteriores, por volta do ano 2000. As semelhanças são muitas. Agora, as facilidades do digital e o amplo alcance do online aceleram a produção e multiplicam as possibilidades divulgação. Mas ainda é preciso estar envolvido em todas as etapas. E é esta proximidade que traz de volta a sensação de entregar os livros de mão em mão, olhando para quem está interessado no seu trabalho, na sua trajetória e na história que você tem para contar.
Foi assim que, olhando as compras do livro para programar a entrega, logo entre os primeiros nomes tive a alegria de encontrar uma amiga. Esta amiga tem uma marca de roupas e também passou por este processo de acompanhar tudo bem de perto. Lembro que um dia ela escreveu que ficava acompanhando os pedidos que chegavam pelo site e a expectativa era ver se entre os nomes dos compradores estava algum conhecido ou alguém da cidade de onde ela havia saído. Mas, quase sempre eram estranhos que prestigiavam a marca. Isso também me fez lembrar dos meus amigos músicos que fazem um grande esforço pra gravar e lançar seus discos e produzir seus shows. E raramente encontram seus amigos entre os compradores do disco ou entre o público do show.
É um fenômeno estranho este, o dos amigos que gostam de dizer que têm amigos produzindo, mas raramente tomam alguma iniciativa de apoio efetivo, como o simples e tão importante ato de comprar a roupa, o disco ou o livro do próprio amigo. Ao mesmo tempo, outras pessoas transformam qualquer dúvida ou expectativa com a energia da positividade, marcando presença desde o momento inicial em que uma idéia é apresentada, compartilhando, investindo e fazendo acontecer. Não foi a primeira vez, mas sempre me surpreende.
Da mesma forma como as pessoas precisam de certo tempo pra assimilar e valorizar alguns segmentos da produção cultural, outras coisas também precisam do tempo certo pra acontecer. Dezoito anos foi o tempo necessário para conectar a minha produção de livros artesanais com a atual produção digital. Recebi há poucas semanas a notícia de que meu livro “Dilacerações”, cujos poucos exemplares foram entregues de mão em mão, será estudado em sala de aula no novo campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, durante este ano. Curiosamente, é um livro que também tem elementos de fotografia, rock e relacionamentos, publicado no ano 2000, cinco anos antes de eu começar a trabalhar com a banda Charlie Brown Jr.
Por toda esta experiência que vem acontecendo, mas principalmente aos mais de 100 apoiadores, de longe e de perto, que depositaram sua confiança no novo livro logo na primeira semana de pré-venda (em meio ao caos político, econômico e social que o Brasil atravessa) e estão colaborando para esgotar a inesquecível “primeira edição” até a data do lançamento, voltei ao facebook para escrever: MUITO OBRIGADO. É bom estar de volta, compartilhando. Vamos em frente.
Rossato Lima
Blog do livro com textos e informações:
https://confiancainvisivel.tumblr.com/
Outra novidade interessante que ele me contou, é que o livro “Dilacerações”, lançado em 2000, será estudado numa faculdade do Rio Grande do Sul.
O Dilacerações estava esgotado, mas consegui achar num sebo.
Já comprei o A Confiança É Um Abraço Invisível e não vejo a hora de devorar depois de pegar em mãos com o autógrafo do Jerri, que agora assina os trabalhos como Rossato Lima.
