Fidelidade das ruas

Spitfire, Bones, Moska. Tanto faz a marca e tamanho das rodas do skate. De 95A pra cima, todas fazem uma sinfonia estridente no atrito com asfalto ou concreto, que atiça o instinto primitivo dos cachorros que cruzamos pelas ruas. De raça ou vira-lata, caramelo, malhado, de todas as cores, de tamanhos e pelagens, estejam eles presos em portões ou janelas, acorrentados em guias ou soltos, os cães ficam agitados e enlouquecidos, latindo, uivando e correndo atrás, amplificando a orquestra de ruídos urbano. 

Quem nunca se assustou quando estava embalando suavemente, curtindo a briza a sensação de liberdade e foi surpreendido por latidos próximo aos calcanhares?

Não necessariamente agressivos, muitos querem apenas brincar, excitados pelo zumbido que ecoa pelo seu território. Mas eu logo pulo do skate para pausar o barulho, pois eu não tenho a inteligência dos cães e nunca sei exatamente a intenção deles. Geralmente, eles se aproximam para cheirar e brincar com meu skate.

O barulho frenético das rodas quando andamos pelas ruas afeta a sensibilidade dos doguinhos, talvez por isso vão cheirar direto debaixo do shape. Aí sim, começam a abanar o rabo, reconhecendo que os skate são meros amigos, expressivos e fiéis aos donos como eles próprios.

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