Skate e suas contradições.
Eu venho de uma geração de skatistas que passou por diversas situações difíceis. Fomos muito recriminados pela sociedade.
Skate chegou a ser crime na cidade de São Paulo durante a gestão Jânio Quadros no fim da década de 80, que foi na época que eu comecei a andar de skate e vi a polícia apreender skates de vários amigos crianças como eu.
Até bem pouco tempo atrás, para entrar na linha vermelha do metrô paulistano, os skates precisavam estar embalados em sacos, senão nem passávamos pela catraca.
Esses são apenas dois exemplos que uso pra resumir o propósito do post.
Diante de todos preconceitos que sofremos no passado, é ridículo agora termos birrinhas entre nós mesmos. Podemos dizer (com orgulho ou não) que a sociedade já nos aceitou, mas os conflitos dentro da comunidade aumentam a cada dia. Queremos ditar regras sobre o que é certo ou errado, mais verdadeiro, mais roots, blábláblá.
Mas, pra mim, uma das coisas do skate que mais acho interessante é o fato dele ser tão plural. É uma multicultura rica que não podemos nos deixar limitar.
Precisamos respeitar os pontos de vistas. Também porque skate é uma forma de expressão e a liberdade é uma das características que nos atraem ao skate.
Skate estará nos jogos olímpicos. Se pra você skate não é esporte, uma dica, pois não quero te repreender e cagar regras: ao invés de ficar reclamando e criticando, crie uma escolinha de skate e passe seu ponto de vista positivo do skate adiante para uma nova geração que só conhece o skate competitivo.
Skate é Esporte, Skate é Crime, Skate é Lazer, Skate é Videogame, Skate é Modalidade Olímpica, Skate é Recreação, Skate é Transporte, Skate é Arte, Skate é Instrumento Educacional, Skate é Contravenção, Skate é Religião. Skate é tudo e não podemos limitá-lo.
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