Nesse momento, todos já sabem que o Pedro Barros foi o campeão da segunda edição do Vans Park Series Brasil.
Bem vindos ao meu post do Vans Park Series Brasil 2017. (Sidney Arakaki)
Não consegui fazer um post sobre o Vans Park Series antes porque os dias pós evento foram intensos. Na verdade, os dias pré evento foram tão intensos quanto, porque eu estava na Bahia, acompanhando o projeto social Caravana do Esporte (que o post pretendo escrever em breve) e passei em casa só pra trocar de malas pra colar em Serra Negra.
Fui para Serra Negra pela Vans Brasil, onde ajudei a produzir conteúdo editorial pro site vans.com.br (que acaba de se tornar também o e-commerce oficial no Brasil) e redes sociais.
Listei aqui alguns registros do evento com comentários e também alguns posts que fiz no meu Instagram . Não está montado em ordem cronológica, mas editei de uma forma que mostre meu ponto de vista.
Em primeiro lugar, preciso falar da locação da pista! O Santo Bowl é um lugar mágico, construído por um skatista anônimo do interior de São Paulo que não quis aparecer. Ele ficou circulando pelo evento mas poucos sabem quem ele era… Eu não tive o privilégio de conhecê-lo. A fazenda da família dele fica escondida dentro de uma sinuosa serra, onde ele contratou o Cacio Narina para executar as obras da pista. (Sidney Arakaki)
Infelizmente, o projeto da pista não agradou vários dos Select Pros do circuito Vans Park Series e eles desencanaram de vir ao Brasil competir – é o papo que circulou. O Santo Bowl é um bowlzinho, não Park, que é a modalidade do circuito. De todos os skatistas que conversei (quase todos competidores), o Micael dos Passos foi o único que comentou ter gostado da pista. E ao longo dos dias, foi nítido que ele se soltava mais e aproveitava todos os cantos das curvas. Eu gosto dessa imagem porque mostra a manobra e a serra ao fundo. (Sidney Arakaki)
Cory Juneau foi um dos seis Select Pros que colaram em Serra Negra. Ele acertou vários frontside flips desse. (Sidney Arakaki)
O Kevin Kowalski foi mais um dos poucos Select Pros que colaram e andou pouco. Foi raro ver ele errar esse hurricane. (Sidney Arakaki)
Esse foi o show man do evento: o Challenger CJ Collins. O molequinho é insano. Tem só 13 anos mas andou como marmanjo. (Sidney Arakaki)
O Luizinho Francisco tá cabreiro! Faz anos que eu não via ele andando e fiquei impressionado demais com sua evolução. O estilo e jeito que ele faz as manobras é diferente e com certeza vai chamar atenção quando chegar na final continental do Park Series em Huntington Beach. (Sidney Arakaki)
Flávio Samelo e o Lucas Xaparral fizeram a narração (da tentativa) da transmissão ao vivo do Vans National Championships masculino, com o Guilhermo Guillis na câmera – sob os cuidados do Tobias Sklar. (Sidney Arakaki)
Mas infelizmente a transmissão ao vivo via wi-fi do National Championships teve uma pane. Os caras testaram na noite anterior e estava tudo Ok. Na manhã seguinte, o teste também rolou. Mas na hora do campeonato, o “vâmovê, os equipamentos da transmissão via satélite estavam sendo ligados e a interferência no sinal foi catastrófica. E a partir daí, até a internet pra quem trabalhava no evento ficou horrível… até o final do campeonato. Ou seja, até atualizar Instagram foi difícil. (Sidney Arakaki)
Mas no geral, acho que foi um dos melhores eventos que vi no Brasil. Não é porque eu trabalhei lá dentro, mas poucas vezes vi pessoas tão felizes num evento. (Sidney Arakaki)
Pessoas que realmente vivem o skate trabalharam no Vans Park Series. Desde os locutores oficiais Paulinho Davi e Tim O’Connor, até dentro da organização impecável da Vista SA. (Sidney Arakaki)
Bryce Kanights e Patrick O’Dell, os caras de mídia da Vans. Dois dos caras que mais acompanho o trabalho e são minhas referências de longa data. O Bryce foi skatista profissional nos anos 80 e se tornou um dos principais fotógrafos de skate do mundo. O Patrick produz documentários fodas pra Vice, a série “Epicly Later’d”. (Sidney Arakaki)
Chris Pastras é o entrevistador oficial do Vans Park Series, que foi transmitido ao vivo via satélite pela Red Bull TV. (Sidney Arakaki)
E as manobras, que é o que realmente importam num campeonato de skate, surgiram! Foi um ponto que confesso estar encanado no primeiro dia, depois de saber dos desfalques. Mas se o Pedro tá na área, com pista boa ou ruim, ele vai andar e deixar todo mundo de queixo caído. (Sidney Arakaki)
Tom Schaar chegou ao Brasil e ficou doente. Só saiu do hotel pra competir e não estava 100%. Mesmo assim destruiu. (Sidney Arakaki)
Eu nunca tinha assistido uma competição de meninas de alto nível. E fiquei de cara com várias, principalmente a Yndiara Asp, que eu assistia vídeos e imaginava ser uma mulherona agressiva. Mas é uma menininha engraçada, agressiva só quando está manobrando. (Sidney Arakaki)
Outra menina que me chamou atenção foi a Letícia Gonçalves. Muito atitude, taca o foda-se na hora das voltas e só tenta as mais cabreiras. Esse frontside 5-0 grind no love seat ela não acertou e não sei se ela conseguiu antes ou depois do campeonato. Mas só pela insistência de acertar na volta já considerei muito. (Sidney Arakaki)
E a campeã, Dora Varella, é a única que eu já tinha visto andar, mas quando ela era mais criança. Ela é tipo uma Lacey Baker das transições, o estilo mais leve e elegante. (Sidney Arakaki)
Pela primeira vez um campeonato grande teve narração em português. Caio Peres e Marco Cruz foram as vozes convidadas pela Red Bull TV para falar aos brasileiros. Curiosamente, eles ficam de costas para a pista, assistindo por monitores. (Sidney Arakaki)
O mais louco: Chris Russell. Os disaster mais cabreiros desde que o Duane Peters inventou a manobra. E os decks que ele usa com certeza são os melhores, porque não vi ele quebrar nenhum durante os dias no evento. (Sidney Arakaki)
Murilinho Peres é um cara dedicado buscando a vaga para integrar a primeira divisão do Vans Park Series. Em Serra Negra ele ficou em sexto e agora está em sexto no ranking da divisão de acesso. (Sidney Arakaki)
As pernas mais explosivas das transições. (Sidney Arakaki)
E na grande final, sábado, as arquibancadas estavam cheias. A sinergia com o Pedro Barros foi marcante. Quem estava lá com certeza nunca vai se esquecer. E em 2018 tem mais! A cidade será confirmada ainda em 2017. (Sidney Arakaki)