O cascavelense Neverton Casella, atualmente morando em Barcelona, é um dos brasileiros que saíram cedo do país atrás do sonho de viver andando de skate e acaba de lançar seu primeiro pro-model de shape. O reconhecimendo do trabalho foi idealizado pela EDG Skateboards, empresa de brasileiros que vivem na Espanha, e com um vídeo para mostrar porque Casella foi escolhido para representar a marca e assinar um produto por ela.
Entrevista originalmente produzida para XGames.com.br
Como foi seu início do skate no interior do Paraná? Teve influência dos irmãos Wagner e Gugu Ramos?
Foi como qualquer criança com um novo brinquedo. Era só diversão com meus vizinhos, não sabíamos nada sobre skate, apostávamos corridas e fazíamos umas pistas com giz no asfalto. Depois de um tempo, a mãe de um dos meus amigos disse que havia mais skatistas atrás de um colégio, na minha cidade, onde tinha um chão bom para fazer manobras técnicas. Foi ali onde descobrimos o que era skate. Se não me engano, em uma das primeiras sessões que eu fui neste colégio já vi o Gugu andado de skate e dando uns ollies sobre umas caixas em cima de um quebra-mola. E com certeza tive muita inspiração. Depois, com o tempo, conheci mais eles e sempre admirei muito. Esses caras tem skate na veia.
Quando você saiu da sua cidade para desbravar o mundo?
Foi no inicio de 2007.
E como você planejou a viagem?
Eu estava cansado de viver o mesmo de sempre e sentia essa vontade muito grande de sair e conhecer outros lugares do mundo. Claro que foi o skate que fez esse desejo crescer, assistindo aos vídeos de skate e desde muito novo sempre viajando pelo Brasil. Então acho que foi natural, já estava acostumado com esse ‘corre’. E aí, o Juliano Guimarães e o Xico Basabe decidimos ir pra Barcelona depois de ter pensado muito entre EUA e Europa.
O que você vive hoje é como planejou ou as coisas foram acontecendo?
Eu acredito que sim, eu tinha meu plano que era andar de skate todos os dias, fazer disso minha profissão. Acho que esse era o plano, mas com o tempo muitas coisas aconteceram e novos planos foram surgindo. Acho que é uma mistura entres os dois. É quase impossível planejar e executar exatamente como você quer. Você tem que se adaptar com o lugar, pessoas, e seguir adaptando seus planos e expectativas.
Quais os próximos planos?
Agora cheguei ao Brasil, onde vão rolar alguns eventos muito loucos, rever os amigos, muito skate. E para 2015, pretendo seguir fazendo o mesmo que eu tenho feito nos últimos 15 anos, que é muito skate todos os dias, muitas viagens, muitas risadas, muita diversão, e acima de tudo, skate na veia.