Come Rato completa nesse 9 de agosto de 2012 meio século de vida. 50 anos de idade! Grande parte desse tempo andando de skate.
O maior exemplo que Come Rato merece o título de Patrono do Skate Brasileiro é que ele continua andando quase que diariamente sem precisar de patrocínio. Ele trabalha de segunda à sábado e não pode nem ter folgas para viajar e competir. E você aí reclamando que não tem apoio de ninguém? Pare de andar!
Feliz aniversário, Luiz de Jesus Gomes. Obrigado pela inspiração!
Pra quem não sabe a história da origem do curioso apelido, colo aqui:
“Quem me deu esse apelido foi uma pessoa chamada Jorge “Maguila”, um bicheiro que tinha em Higienópolis. Eu era pequeno, pirralho, e qualquer coisa que tinha no bairro, a mãe dos meus amigos me chamavam pra fazer um favor pra elas. Dava um dinheirinho, né? E calhou de um dia, dar rato na casa de dona Maria e ela botar veneno pra matar os ratos. E apareceu rato morto. O que ela fez? Vai lá e chama o Luiz pra vim aqui tirar o rato pra mim. E naquela época, tinha o bicheiro que ia preso, hoje é mais liberado. E eu peguei o rato com jornal e fui jogar no terreno baldio. E nesse terreno que eu fui jogar o rato era o local de fuga desse bicheiro, o Jorge Maguila. E era de frente à minha casa. Onde ele escrevia as apostas, um armazém, onde eu sempre bebia refrigerante. Aí, eu tava jogando o rato no mato, no terreno baldio, aí daqui a pouquinho, quem me vem correndo? O Jorge Maguila, esse negão que era bicheiro. Aí ele me olhou, pulou um muro, o outro e foi embora, fugiu da polícia. A viatura parou, ficou procurando, não achou, me viu parado. Aí eu dei a volta e fui na casa da dona Maria, porque ela falou que ia me dar dinheiro pra beber refrigerante. Aí eu peguei o dinheiro e fui beber o refrigerante no bar. Tô lá bebendo e adivinha quem me chega, o bicheiro. Aí ele começou a me zuar: “ô, Luiz, o que tu tava fazendo com aquele rato no mato? Você tava comendo o rato no mato, né? Seu comedor de rato!”. Aí, eu pequenininho, comecei a chorar. Ele me deu um tapa na cabeça e fui embora pra casa. Aí, todas as vezes que eu ia lá na birosquinha beber um refrigerante, ele sempre me zuava: “ô, seu comedor de rato, ô, come rato”. Eu chorava e pegou, Come Rato! Come Rato até hoje. Eu tinha uns dez anos, por aí.“