Fantástico aborda skate nas grandes cidades do Brasil

Foi preciso um “skatista filho de famoso” morrer para que um programa da Globo como o Fantástico abordasse o tema SKATE NÃO É CRIME e a escassês dos lugares para as sessões. E foi uma reportagem relativamente bem feita. Recrutou três skatistas que eu respeito para falarem: Klaus Bohms, Lucas Xaparral e Eugênio Amaral (são ídolos, mas não praticam downhill!!!). Os comentários foram curtos, mas sintetizam a realidade do skate, que não é limitado às pistas. “Aproveitar cada coisa que a cidade tem pra te oferecer, com manobras de skate. Não necessariamente radicalizar, andando no meio de carros pra sentir uma grande adrenalina”, foi o ponto de vista do Klaus, explicando o que é o skate de rua moderno, mesmo assim a repórter insistiu em dizer que eram skatistas de downhill. Mas tudo bem, skate é subjetivo mesmo.

Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, foi atropelado enquanto fazia uma sessão de downhill num túnel interditado do Rio de Janeiro, e virou notícia principalmente porque o motorista que o atropelou fugiu. Se fosse um skatista anônimo será que haveria tanta repercussão? Talvez a história fosse outra, e a opinião pública estivesse do lado do motorista. Afinal, até semana passada, a pergunta seria: o que o skatista estava fazendo na rua? Rua é lugar de carros trafegarem, independente do túnel estar interditado ou não.
(atualizando/complementando: se idealizarem a primeira ladeira para a prática exclusiva de skate downhill, nada mais justo do que batizá-la de Rafael Mascarenhas)

E hoje de manhã, o skate esteve na Globo também, no Esporte Espetacular. Uma materiazinha com o Tony Alva feita na última passagem dele pelo Brasil, em abril. Não tem nada de novidade, só as mesmas perguntas de sempre, perguntando sobre Dog Town and Z Boys, mas quem quiser assistir, vê AQUI.

3 comentários em “Fantástico aborda skate nas grandes cidades do Brasil”

  1. Falou tudo!!! realmente foi necessario acontecer alguma da area globo para aparecer na midia a realidade do skate, o mais triste disso tudo é que vai durar algumas semanas e volta a realidade do skate.

  2. aqui em Uruguaiana, conquistamos depois de muito esforço uma pista pública. O irônico é que, apesar de, no mínimo DUAS GERAÇÕES de skatistas terem s emobilizado para isso, a tal skatepark só avançou e saiu dos "papéis" qdo houve uma morte. O menino havia comprada um long para se preparara para as férias no Chile onde pretendia praticar snowboard. Ele não tinha NENHUMA relação com o skate aqui na cidade e, apesar da belíssima e digna atitude da família após a tragédia (doação de órgãos), o nome do menino está oficialmente na skatepark apenas pelo fato de ser de uma família tradicional daqui, envolvida num caso extremo – atropelamento tb.

    Se fosse com outro sobrenome, não sei se a pressa para construir a pista teria sido a mesma por parte da prefeitura…

    bueno…
    Skate sempre…em todas as dimensões!

  3. É triste perceber que a evolução quase sempre necessita da tragédia para acontecer. Precisamos de mais e melhores skateparks no Brasil, sempre.

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